Coisas que a minha filha diz...

Agora, sempre que chega a casa, lá pelas 18h00, diz que quer tomar o pequeno almoço, aka, cereais com leite...

wish-list

Uma jovem, mais ou menos jovem pronto, põe-se a sonhar com uns vestidos. Vai aos sites, vê o que tem a ver e vai à sua vidinha. Mas neste grande big brother em que todos vivemos agora, os vestidos agora aparecem, como que por magia, em tudo que é publicidade on-line. Pronto, é para continuar a sonhar, sem ter de ir ao site respetivo. É lindo, não é?

Coisas

A Bisa dizia que a pega da chávena ficava sempre virada para trás no micro-ondas, independentemente do tempo. Eu sempre que abro um medicamento é pelo lado do folheto. Sempre.

No teu poema

Desafiada por uma amiga a publicar um poema. Para mim é difícil. Eu sou mais prosa. Mas depois fui pelo argumento que considero mais importante num poema: as suas características identificativas. E foi também a escolha mais literal. E só podia ser este. Por todos os motivos. Porque me identifico e porque acho que é uma metáfora genial para o nosso país.

Aqui vai:

No teu poema

No teu poema
Existe um verso em branco e sem medida
Um corpo que respira, um céu aberto
Janela debruçada para a vida

No teu poema existe a dor calada lá no fundo
O passo da coragem em casa escura
E, aberta, uma varanda para o mundo.

Existe a noite
O riso e a voz refeita à luz do dia
A festa da Senhora da Agonia
E o cansaço
Do corpo que adormece em cama fria.

Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco, a raiva e a luta de quem cai
Ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte.

No teu poema
Existe o grito e o eco da metralha
A dor que sei de cor mas não recito
E os sonos inquietos de quem falha.

No teu poema
Existe um canto, chão alentejano
A rua e o pregão de uma varina
E um barco assoprado a todo o pano

Existe um rio
O canto em vozes juntas, vozes certas
Canção de uma só letra
E um só destino a embarcar
No cais da nova nau das descobertas

Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco, a raiva e a luta de quem cai
Ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte.

No teu poema
Existe a esperança acesa atrás do muro
Existe tudo o mais que ainda escapa
E um verso em branco à espera de futuro.

José Luís Tinoco/ cantada por Carlos do Carmo

Coisas que os programas de culinária me puseram a fazer...

...agora tiro sempre o germe do alho...

Embirração:

Demasiado photshop, Photoshop repetitivo, isto é, aquelas fotos em que o verde é sempre alface, o azul é sempre cobalto, o amarelo é sempre torrado...

Disso da publicidade nos blogs...

Se me pagassem bem também eu faria publicidade a qualquer tareco, como é óbvio, mas o que eu acho, como leitora, é que os posts são uma chatice monumental, não enganam ninguém, e pergunto-me pela eficácia dos mesmos, principalmente dos que aparecem repetidos nos blogs mais lidos. É que nãos sei se o sentimento de traição que causam não terá efeitos perversos para a marca.

terminar o tópico London, really?

...Pois. Eu prantei aqui resmas de fotos mas não disse nadinha, não é? Então aqui ficam coisas random sobre Londres:

- já tinha ido a Londres algumas vezes, mas nunca com crianças e, no geral, não é uma cidade child friendly. As pessoas não têm particular atenção aos putos, o metro não tem, muitas vezes, elevador (o bicho tem 150 anos!), nem sequer se vê assim tantas crianças como noutras grandes cidades. Never the less, é um sítio obrigatório para levar os kids e elas adoraram.

- O que é que elas gostaram mais? Da Hamley´s (que é "the finest toy store in the world"), da roda gigante, de fazer surf no metro, de andar de barco e comboio e avião. Basicamente é isto que a canalha gosta, não há volta a dar.

- O London Eye vale a pena, apesar de ser carote, principalmente com crianças porque dá para descansar e aproveitar as vistas magníficas.

- Tivemos a maior sorte do mundo com o tempo que estava, de facto, primaveril, o que fez com que Camden e Portobello fossem ainda melhor que o melhor.

- Comemos no Jamie´s Italian, foi giro e tal, mas o que eu recomendo mesmo é o mexicano Wahaca, em Covent Garden, que é giro, bom e barato.

- tivemos visitas de amigos os dias todos, andamos sempre acompanhados, o que é um privilégio.

- viajar com crianças e séniores é giro porque o ritmo dos dois é parecido, portanto os planos são os mesmos.

- é possível ir a Londres sem gastar uma fortuna. Como? Marcando com muita antecedência, marcando antes as atrações tipo London Eye, e ficando no Easy Hotel, que é, só por si, uma experiência:

- Easy Hotel: sinceramente acho que a relação preço/localização/higiene compensou. Mas é, sem dúvia, o formato low cost traduzido para hotel. Ficamos num quarto sem janela (o que não me fez confusão nenhuma), com casa-de-banho, e uma cama... Só. Mais rigorosamente nada. Nem mesinhas-de-cabeceira, nem uma mesita para pousar os telemóveis, nada. Espaço vazio. Ao entrar é um bocado chocante, mas passa.

- matamos saudades daquele frenesim de Londres, de ver pessoas muito diferentes, dos blueberry muffins, dos jam donuts, das chocolate chip cookies, de ouvir línguas diferentes.

- andamos num autocarro vermelho (no andar de cima, na primeira fila), de barco no tamisa, de comboio sem maquinista (na primeira fila), de táxi preto gigante, de metro, muito....

- atravessamos o Tamisa por baixo a pé. Incrível.

- jantamos em Covent Garden, numa esplanada na rua, com crianças, a 8 de Março, é ou não é incrível?

-rimo-nos com a rabecada que levamos de um trabalhador quando lhe perguntamos qualquer coisa sobre o metro e ele nos responde simplesmente: "London doesn´t have a metro, it has the tube!". Toma que é para aprenderes.

-...foi giro, muito, mas viajar com crianças é chegar a casa derreada, doente, morta e cansada. Até à próxima.

também posso fazer um re-post?

O meu pai é a pessoa mais generosa que eu conheço. De longe.
O meu pai fuma muito e bebe muitos cafés mas diz que não lhe faz mal.
O meu pai é  melhor pessoa que eu conheço.
O meu pai é bom demais porque as pessoas usam e abusam dele e isso enerva-me. E quando eu me enervo ele responde-me que ele sai sempre a ganhar porque simplesmente quem se sente mal no final não é ele.
O meu pai define-se na palavra missão. Ele vive para os outros. E eu queria que ele vivesse um bocadinho para ele. Mas já percebi que ele é assim.
O meu pai toca piano e viola e apanha as músicas à primeira, mesmo quando não as conhece.

O meu pai é o oposto a mim na forma como vê muitos aspectos da vida, o que diz muito sobre a forma como me educou. E às vezes enerva-me e ele acha piada.

O meu pai é a pessoa mais complicada a argumentar e tem sempre mais uma volta a dar qualquer assunto.

O meu pai tem um blog que é o oposto do meu. E eu acho piada.

O meu pai deu-nos o maior tesouro como pai que é a disponibilidade real e emocional total para nós. E deu-me a mim, como mãe, a meta de tentar ser disponível como o meu pai foi para mim. E ainda é. 

E este é o meu pai.

A foto das férias:

Para finalizar o tópico London.

Domingo foi bom dia para...

- Ir a Castro S. Paio. Uma praia bem perto e cheia de bons motivos para lá ir.
- Piquenicar bem perto da linha de água.
- Passear e ver as características únicas do local.
- Fazer uma busca à casa mais camuflada que já vi. Encontram?
- Uma visitinha rápida ao mini museu do sítio (grátis, claro).
- Fugir das multidões e terminar a tarde, entre primos, na pérola que é o jardim da casa das artes do Porto. Colecionar camélias e brincar nos ramos gigantes das árvores.

A compra das férias.

No doubt. Um sucesso. Até para as meninas da Cyber Dog.

 

Chinatown- day #2

London Eye- day #1

É carote mas vale a pena pelas vistas lindas, lindas.

Os homens não entendem as mulheres....

Cheguei a casa com uma novidade para a caríssima esposa, o seu gelado preferido de todos os tempos voltou! (Magnum Mint)

Reação com brilho nos olhos e um sorriso guloso: "isso é a pior notícia de sempre!"....

Go figure.....

Portobello- London day #1

Gosto tanto de Portobello.

Esta loja, All Saints, tem centenas de máquinas de costura antigas. Linda!

London day #3

Greenwich

Andamos no Docklands Light Rail- um comboio sem maquinista- na 1ª fila

Atravessamos o rio Tamisa por baixo, num túnel sem fim

Fomos ao National Maritime Museum- muito giro e child friendly

Almoçamos no Jamie´s Italian.

Os miúdos escolhiam o kid´s menu assim- muito divertido

o meridiano de Greenwich

Andamos de barco no Tamisa