terça-feira, 8 de novembro de 2016

a 2ª metade dos trintas

Quando começas a ir cada vez mais a funerais e quando assistes a mais divórcios do que casamentos.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

10




Já tem telemóvel.
Já fez 10 anos.
É uma destemida e uma descomplicada.
Já fez 10 anos.
Tem mudanças de humor súbitas e drásticas mas passam-lhe depressa as neuras e regressa a nossa menina linda.
Já tem 10 anos.
Encarou todas as mudanças do 5º ano com leveza e aceitou a responsabilidade acrescida sem dramas.
E tem 10 anos.
É uma super irmã mais velha e uma ajuda preciosa quando é necessário. Adora os gémeos e a sua maninha malandra. Mas discutem muito. Tudo como tem de ser.
E tem 10 anos.
É linda e expressiva. E esperta e perspicaz. E autónoma e corajosa. E linda. Dizem muita vezes que é igual à mãe e eu penso, sem falsas modéstias, que está tudo louco, que é muito mais linda que a mãe é ou foi. Muito mais.
E já tem 10 anos.
Toca clarinete e estuda música. E já tem 10 anos.

domingo, 6 de novembro de 2016

eu não me estou sempre a queixar

Vendo o que por aqui vou escrevendo parece que ser mãe de 4 é um horror. Não é. Apenas não tenho tempo para posts fofi-fofi, matchi-matchi, que-vida-linda-que-temos. Só tenho tempo de, quando me lembro, vir aqui deixar uns comentários sarcásticos, que não deixam de ser verdadeiros, mas que são apenas uma parte de um grande todo. Tenho 4 filhos lindos de morrer, um super maridão e uma vida com muitos momentos bons.

sábado, 5 de novembro de 2016

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Onde se nota que somos uma família numerosa?

Na prateleira dos iogurtes no frigorífico.
No cesto da roupa suja.
Na quantidade de unhas para cortar.
Na desistência de dobrar cuecas e meias.
Na  quantidade de ordens sucessivas que é preciso dar para sair de casa.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

ADN

Se os meus filhos herdarem:
a capacidade de amar do pai,
a generosidade de um e a iniciativa do outro avô,
o sentido de família da avó,
a coragem da avó que nunca conheceram,
a integridade do tio,
e a inquietude da tia,
serão, certamente, seres humanos extraordinários.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Ser mãe de gémeos

é, por vezes, ter 4 olhinhos a olharem para ti cheios de mimo e ficares, por momentos, desorientada de amor.

domingo, 11 de setembro de 2016

Gémeos:

quando o melhor brinquedo é mesmo o pé do irmão, ou o braço, o cabelo, ou mesmo um olho....

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O mais difícil de ser mãe de 4

é as necessidades de cada filho não terem hora marcada. Não dá para dar atenção e mimo a um e depois passar ao próximo. A disponibilidade tem de ser constante e elástica. Às vezes sinto-me um polvo em serviços mínimos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Agora a sério,

as minhas filhas estão em férias escolares há dois anos, não? Ah não, afinal é só há 13 semanas... e ainda falta uma...

Ser mãe de gémeos #7

É aprender o significado da palavra exaustão.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Escola

Não. À terceira o processo de os deixar na escola não é mais fácil.

domingo, 4 de setembro de 2016

sábado, 3 de setembro de 2016

Ser mãe de gémeos #5

Ter bebés pela terceira vez em casa é relembrar a saga das sopas e seus legumes, frutas e frutinhas, açordas e farinhas de pau... Confesso que já não me lembrava desta parte.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Ser mãe de gémeos #3

É parar o carrinho 300 vezes por passeio para sorrir e responder que sim, que são gémeos, dois meninos... Adoro...só que não. Sempre gostei do anonimato, que é impossível com gémeos.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Verão 2016. Ita

Voltamos no Domingo. Mas voltamos apenas 6. Parece muito mas voltamos sem o 7º elemento. A nossa velhota, a nossa resistente, ficou no Pedrogão. Morreu velhinha e muito doente. Andou connosco para todo o lado, mesmo neste verão onde já eram 4 crianças. Viajava aos meus pés, partilhava o meu pão do pequeno almoço e dormia perto de nós. O regresso foi triste e agora, já em casa, parece que falta sempre alguma coisa. E falta. Esta foto foi há 10 anos. Com as nossas bichas, cheias de mimo e energia, grávida da minha primeira filha.


terça-feira, 12 de julho de 2016

Francisca-5 anos

Já diz os "res". Não gostava de ser corrigida e, de um dia para o outro, começou a dizê-los perfeitamente.
É a menina mais malandra e mimalha que existe.
Detesta dormir sozinha.
Brinca sozinha quando não tem irmã, mas quando a tem anda sempre atrás dela.
Faz perguntas difíceis e exige respostas completas.
Adora os irmãos e não tem qualquer pudor em pegar neles. Nem pudor nem gentileza.
Tem uma verdadeira melhor amiga, que até nos desenhos da família aparece. A Teresa.
Porta-se melhor sem os pais, e, ao que parece, até diz obrigada e se faz favor.
Diz que tem cabelo com três cores e que o quer deixar crescer até ao rabo. Mas não vai.
É destemida e aventureira mas só  gosta de vestir vestidos e saias. Quanto mais pirosos e cor de rosa melhor.
Adora ser irmã mais nova e mais velha ao mesmo tempo. Como o Gonçalo, diz ela.

domingo, 20 de março de 2016

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Ter um bebé internado na neonatologia é...

...ter a vida em stand by,
...ter o teu nome em tudo que é etiquetas de soro,  papéis vários,  relatórios,  medicação,  etc,
..ir percebendo como a coisa funciona aos poucos,  juntando informação a conta gotas,
...lavar as mãos centenas de vezes,
...aprenderes sobre cateteres,  sondas,  monitorizações,  glicemias,  etc,
...suportar temperaturas altíssimas,
...partilhar medos com as outras mães só pelo olhar.  Fala-se pouco na neo.
...esperar pelas palavras dos médicos e dos enfermeiros como se fossem a mais preciosa informação de sempre,
...controlar os algarismos da pesagem religiosamente,
...tentar controlar as lágrimas teimosas que teimam em aparecer...

Ter um bebé na Neo e outro,  com a mesma idade,  na obstetrícia,  é isto tudo,  mas com um equilíbrio ainda mais difícil.  É ter o coração partido,  o tempo dividido e a sensação que estamos sempre a falhar.

Ter um bebé na neo e o outro em casa é sair do hospital com um bebé lindo e saudável,  mas lavada em lágrimas,  é organizar uma rotina dificílima de idas ao hospital,  é estar em casa a pensar no que está na Neo,  e estar na Neo a pensar no que está em casa,  é continuar com o coração partido.

Trazer finalmente o nosso bebé da Neo para casa é uma mistura de felicidade e alívio,  com medo e angústia,  porque o nosso bebé vai passar de estar constantemente vigiado e cuidado por uma equipa hiper competente e capaz,  para estar apenas a nosso cargo.