quinta-feira, 9 de março de 2017

Dia da mulher

É gerir o medo do diagnóstico.
É gerir o choro, o desconforto e as birras do nosso bebé doente.
É gerir os exames, as picadelas e as avaliações.
É gerir as conversas com os médicos, a procura de informação e a gestão da mesma.
É gerir a relação com as enfermeira e as auxiliares, que mudam de 8/8h.
É gerir o cansaço de dormir no cadeirão velho e acordar inúmeras vezes por causa do nosso e dos outros.
É gerir a relação com as outras mães ansiosas.
É gerir o desespero de estar fechada naquelas paredes e das horas não passarem.
É gerir o dia a dia do outro bebé em casa.
É gerir a ansiedade da filha do meio que não gosta muito destas mudanças forçadas.
É gerir a limitação de só ver o marido nas mudanças de turno.
É gerir a casa e a arrumação e a lavagem da roupa.
É gerir as atividades da mais velha.

Esta gestão é totalmente partilhada com o meu marido mas, mesmo assim, os únicos dias em que me sinto uma super mulher são quando tenho um filho internado.