quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Auschwitz

Já estive em Auschwitz. Para aí em 96 ou 97. Há uma eternidade portanto. E nunca esquecerei. Nunca esquecerei passar o portão com aquela frase cúmulo da maldade e da ironia. Nunca esquecerei o silêncio que se faz. Inevitavelmente. Mesmo num grupo de adolescentes de calções e óculos de sol. Um silêncio espontâneo, carregado de incredibilidade e vergonha. Fala-se pouco em Auschwitz. Nunca esquecerei as fotos, os montes de sapatos e de óculos. E acho que toda a gente devia ir a Auschwitz, pelo menos uma vez na vida. Mesmo de calções e óculos de sol.

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