sexta-feira, 3 de maio de 2013

Dia da mãe

Eu quero, inspirada neste texto lindo da palmier, para o dia da mãe, o revirar de olhos e o soprar ao mesmo tempo da Matilde quando eu digo algo que ela discorda, qual melhor sinal de crescimento; quero a troca de olhares a pedir permissão para fazer alguma coisa que ela não tem bem a certeza, e que apenas com um olhar meu, com o olhar certo, lhe dá a confiança necessária; quero as manhãs de Sábado nossas, sem planos, só a vida de casa, só comer e vestir e televisão e, Ai que já é 13h00 e ainda estamos as 3 de pijama, quero abraços apertados e saber de cor a resposta ao "sabes até onde é que te amo?", quero que continue a ouvir todas as conversas, e que quando não perceba alguma coisa pergunte, e quando nós nos tentamos esquivar da resposta, continue a perguntar; quero que continue a menina destemida e esperta e carinhosa e linda que é. Quanto à Franscisca, de presente, quero o sorriso gigante sempre que me vê chegar à escola e o "anda, anda" "cá, cá" para eu ir fazer o que ela estava a fazer, quero o "aqui" "aqui" a exigir a mãe onde ela quer, quero os beijos deliciosos que dá quase sempre que peço, quero que continue a brincar às escondidas com as cadelas mesmo que elas não lhe liguem nenhuma, quero que, aos poucos perceba que os pais só querem o melhor para ela e portanto relaxe algumas guerras como comer, trocar a fralda, banho, mas ao seu ritmo, que nós cá estamos para o que der e vier, e quero o riso, o riso delicioso dela com as brincadeiras naive, como o "cucu".
Ah! E acima de tudo quero a continuação da nossa tradição do dia da mãe, a travessia do Douro, até à outra margem, no "cruzeiro dos pobres",  ir brincar no parque infantil, andar de barco que elas adoram, e cumprir a tradição, que a vida é feita de rituais. E é só isto... connosco os ursos, as pandoras, os cremes e afins não têm sorte.

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