quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

fado

Adoro ser portuguesa. Mesmo. Adoro Portugal e, nas minhas viagens, sempre defendi Portugal. Temos defeitos como povo, somos mesquinhos e paternalistas ao mesmo tempo como sociedade, mas temos muitas qualidades: somos mesmo simpáticos e prestativos, gostamos de nos divertir e somos bons trabalhadores, quando bem geridos. E há coisas que nos definem como povo, como o bem receber, o prazer de estar à mesa, o prazer de bem comer, cheiros e cores e sabores. E músicas. E uma coisa que nunca percebi é esta definição automática do ser português através do fado. Até gosto de alguns fados, fadistas e até me emociono com alguns fados. Mas, como portuguesa, como muito portuguesinha o fado não me define. O fado não pertence à minha história, à minha construção de nacionalidade. Não cresci com o fado. O fado é, essencialmente lisboeta e de Coimbra. Não é do minho. Eu sou minhota e diz-me mais o folclore que o fado. Talvez até gosto mais, como canções, de alguns fado desta nova geração, mas em termos de definição de identidade, sou mais folclore. E Portugal é também esta diversidade musical. E não é só fado.

1 comentário:

  1. Confesso que em termos musicais não me identifico no folclore nem no fado, mas se tiver que escolher, será o folclore... Não me identifico nada com o fado, dá-me sono!

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